Greening: Adapar Desenvolve Ações em Parceria com a Iniciativa Privada 16/01/2017 - 16:40
A primeira detecção de greening ou huanglongbing (HLB) no Brasil, ocorreu em 2004 em São Paulo, principal pólo citrícola do país. Posteriormente, houve ocorrências nos estados de Minas Gerais e Paraná. Greening ou huanglongbing (HLB) é uma doença causada por bactérias que afetam os citrus (laranja, limão e tangerina), deixando suas folhas amareladas e mosqueadas.
Desde a primeira ocorrência de greening no Paraná, em fevereiro de 2007, o Estado vem trabalhando em parceria com a iniciativa privada para enfrentamento da praga. Medidas para evitar sua disseminação estão em curso, tais como vistorias realizadas pelos produtores e levantamentos fitossanitários realizados pelos órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal, bem como a eliminação das plantas afetadas. Essas ações são fundamentais para evitar que a citricultura brasileira tenha o mesmo destino dos nossos concorrentes norte-americanos, ou seja, contaminação em 90% dos pomares e em 80% das plantas, levando a uma queda de produção de 252 milhões de caixas em 2004 para 104 milhões em 2014.
Desde a primeira ocorrência de greening no Paraná, em fevereiro de 2007, o Estado vem trabalhando em parceria com a iniciativa privada para enfrentamento da praga. Medidas para evitar sua disseminação estão em curso, tais como vistorias realizadas pelos produtores e levantamentos fitossanitários realizados pelos órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal, bem como a eliminação das plantas afetadas. Essas ações são fundamentais para evitar que a citricultura brasileira tenha o mesmo destino dos nossos concorrentes norte-americanos, ou seja, contaminação em 90% dos pomares e em 80% das plantas, levando a uma queda de produção de 252 milhões de caixas em 2004 para 104 milhões em 2014.
Já no ano de 2009 foi criado, no Paraná, o grupo de trabalho que escreveu e publicou o plano de ação para enfrentamento ao HLB, atualmente coordenado pela Adapar, com a participação de todo o segmento da citricultura do Paraná. O grupo tem representantes das cooperativas, indústrias, associações de citricultores e também do Instituto Agronômico do Paraná - Iapar e da Federação da Agricultura do Estado do Paraná - Faep, onde se definiu pelo planejamento de todas as ações, tanto do setor público como do privado. Foram tomadas medidas estratégicas, como a transferência do BAG-citrus (Banco Ativo de Germoplasma) do Iapar de Londrina para o Iapar de Ponta Grossa, visando maior segurança para as plantas matrizes, sob guarda do setor público, protegidas com tela antiafídio e em região sem histórico da praga.
A Adapar fiscaliza o cumprimento da Instrução Normativa 53 de 2008 e promove ações de educação sanitária junto aos produtores rurais, tendo como objetivo informar e esclarecer sobre a necessidade de cumprir com as normas estabelecidas, como a eliminação das plantas doentes e o controle do inseto vetor.
O tempo passou, alguns produtores acabaram por sair da atividade, mas a maioria resolveu enfrentar o desafio e mantiveram-se como citricultores. A quantidade de plantas eliminadas chegou a 20% do total, reduzindo a produção de laranjas do norte e noroeste do Paraná. A praga já está presente em 101 municípios dos 250 que cultivam laranjas e a severidade gira entre 8 e 15%, obrigando a constante vigilância dos pomares com a vistoria trimestral e até mensal, por parte dos citricultores.
Com a evolução dos trabalhos de prevenção, o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), a exemplo do trabalho que desenvolve em São Paulo, estabeleceu parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, disponibilizando o sistema de alerta para o psilídio (Diaphorina citri), que tem como objetivo monitorar o surto populacional do inseto e indicar o momento ideal para aplicação de inseticida de forma conjunta e racional. Outro marco importante foi a parceria da Cocamar e da Citri estabelecendo convênio com o Iapar para produção em massa do inimigo natural do inseto vetor, Tamarixia radiata, para soltura em pomares abandonados, de fundo de quintal e nas zonas urbanas próximas a pomares comerciais.
Para que possamos ampliar as áreas sob monitoramento para soltura de Tamarixia radiata e também extensão da cobertura de área do sistema de alerta, a Adapar deverá firmar convênio com o Fundecitrus, onde os Fiscais de Defesa Agropecuária - FDA participarão com a distribuição e leitura de armadilhas, alimentando o sistema, contribuindo assim com a eficácia do processo.
Outros segmentos organizados, como as cooperativas Nova Citrus e Integrada, poderão se agregar à rede de distribuição de armadilhas e de soltura do inimigo natural do inseto vetor de HLB.
Durante todo este tempo, pudemos concluir que a parceria público privada tem funcionado de maneira satisfatória, onde o citricultor bem orientado tem aplicado o conhecimento adquirido. O engenheiro agrônomo responsável técnico, por sua vez, tem a oportunidade de assistir o citricultor, registrando suas recomendações, utilizando a ferramenta do Sistema de Defesa Sanitária Vegetal - SDSV, onde, a partir do cadastro da propriedade produtora de citrus, estabelecerá o controle fitossanitário daquela produção.
A Adapar busca, num futuro próximo, iniciando pela citricultura, certificar as propriedades sob vários aspectos, seja no uso racional de agrotóxicos ou a não utilização de químicos, os controles de pragas e doenças, as boas práticas agronômicas, ou seja, o estado, através da agência emitirá um Certificado da Produção Agropecuária da propriedade, que agregará valor ao produto agrícola paranaense.
A Adapar fiscaliza o cumprimento da Instrução Normativa 53 de 2008 e promove ações de educação sanitária junto aos produtores rurais, tendo como objetivo informar e esclarecer sobre a necessidade de cumprir com as normas estabelecidas, como a eliminação das plantas doentes e o controle do inseto vetor.
O tempo passou, alguns produtores acabaram por sair da atividade, mas a maioria resolveu enfrentar o desafio e mantiveram-se como citricultores. A quantidade de plantas eliminadas chegou a 20% do total, reduzindo a produção de laranjas do norte e noroeste do Paraná. A praga já está presente em 101 municípios dos 250 que cultivam laranjas e a severidade gira entre 8 e 15%, obrigando a constante vigilância dos pomares com a vistoria trimestral e até mensal, por parte dos citricultores.
Com a evolução dos trabalhos de prevenção, o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), a exemplo do trabalho que desenvolve em São Paulo, estabeleceu parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, disponibilizando o sistema de alerta para o psilídio (Diaphorina citri), que tem como objetivo monitorar o surto populacional do inseto e indicar o momento ideal para aplicação de inseticida de forma conjunta e racional. Outro marco importante foi a parceria da Cocamar e da Citri estabelecendo convênio com o Iapar para produção em massa do inimigo natural do inseto vetor, Tamarixia radiata, para soltura em pomares abandonados, de fundo de quintal e nas zonas urbanas próximas a pomares comerciais.
Para que possamos ampliar as áreas sob monitoramento para soltura de Tamarixia radiata e também extensão da cobertura de área do sistema de alerta, a Adapar deverá firmar convênio com o Fundecitrus, onde os Fiscais de Defesa Agropecuária - FDA participarão com a distribuição e leitura de armadilhas, alimentando o sistema, contribuindo assim com a eficácia do processo.
Outros segmentos organizados, como as cooperativas Nova Citrus e Integrada, poderão se agregar à rede de distribuição de armadilhas e de soltura do inimigo natural do inseto vetor de HLB.
Durante todo este tempo, pudemos concluir que a parceria público privada tem funcionado de maneira satisfatória, onde o citricultor bem orientado tem aplicado o conhecimento adquirido. O engenheiro agrônomo responsável técnico, por sua vez, tem a oportunidade de assistir o citricultor, registrando suas recomendações, utilizando a ferramenta do Sistema de Defesa Sanitária Vegetal - SDSV, onde, a partir do cadastro da propriedade produtora de citrus, estabelecerá o controle fitossanitário daquela produção.
A Adapar busca, num futuro próximo, iniciando pela citricultura, certificar as propriedades sob vários aspectos, seja no uso racional de agrotóxicos ou a não utilização de químicos, os controles de pragas e doenças, as boas práticas agronômicas, ou seja, o estado, através da agência emitirá um Certificado da Produção Agropecuária da propriedade, que agregará valor ao produto agrícola paranaense.