Febre Q, saiba mais sobre esta zoonose. 26/07/2016 - 15:05
A febre Q, zoonose causada pela bactéria intracelular obrigatória Coxiella burnetii, é pouco conhecida no Brasil. A doença faz parte da categoria 3 (três) da lista de enfermidades de notificação obrigatória da Organização Mundial de Saúde AnimaI (OIE) e requer notificação imediata de qualquer caso confirmado. Considerada como arma de bioterrorismo de classe B (periculosidade moderada) devido a sua alta resistência no ambiente, esta doença não é reconhecida pelo Ministério da Saúde como de notificação obrigatória em humanos.
A febre Q pode acometer mamíferos, aves, répteis e artrópodes, mas as espécies consideradas como reservatório primário são os bovinos, ovinos e caprinos. Nos animais pode causar desde sinais clínicos leves, até aborto em terço final de gestação e natimortalidade em ruminantes. O agente pode ser encontrado na urina, fezes e leite dos animais infectados, mas está presente em altas concentrações no líquido amniótico e placenta, sendo o momento de parto das fêmeas infectadas um grande risco de transmissão. Em contato com o meio ambiente, a bactéria adquire forma esporulada e se torna leve, densa e extremamente resistente, podendo ser carreada pelo vento por longas distâncias. No homem, a transmissão pode ocorrer pela ingestão de leite cru (não pasteurizado), picada de carrapatos e outros artrópodes infectados e principalmente pela inalação de aerossóis. Os sintomas no homem, durante a fase aguda da doença são: febre alta por 1 a 2 semanas, dores de cabeça, de estômago e dor muscular. Nas fases crônicas, dependendo da forma de transmissão e fatores individuais, pode evoluir para pneumonia ou hepatite.
O primeiro registro da febre Q foi em 1935 na Austrália e, desde então, tem sido registrada sua ocorrência em várias partes do mundo. No Brasil foi registrada pela primeira vez em humanos na década de 50 em São Paulo. Apenas os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais tem dados sobre a ocorrência da doença. Os casos tem sido diagnosticados por sorologia pareada com intervalo de 2 a 3 semanas e, através de diagnóstico molecular. Os poucos estudos soroepidemiológicos em população de risco sinalizam para a circulação de C. burnetii e, apesar da complexidade epidemiológica e da escassez de registro da doença em animais, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), informou a suspeita de circulação do agente no Brasil, a fim de que se mantenha a transparência junto a OIE.
Ainda há muito que ser esclarecido quanto a epidemiologia da febre Q, porém não devemos negligenciar sua existência. Os médicos veterinários devem estar atentos ao diagnóstico diferencial de abortamento nos animais, observando se houve casos de doença em humanos, com os sintomas já mencionados. Estratégias apropriadas de controle de carrapato e boas práticas de higiene podem diminuir a contaminação ambiental. Fluidos e as membranas fetais infectados, fetos abortados e materiais de cama contaminados devem ser incinerados ou enterrados, após desinfecção.
A febre Q pode acometer mamíferos, aves, répteis e artrópodes, mas as espécies consideradas como reservatório primário são os bovinos, ovinos e caprinos. Nos animais pode causar desde sinais clínicos leves, até aborto em terço final de gestação e natimortalidade em ruminantes. O agente pode ser encontrado na urina, fezes e leite dos animais infectados, mas está presente em altas concentrações no líquido amniótico e placenta, sendo o momento de parto das fêmeas infectadas um grande risco de transmissão. Em contato com o meio ambiente, a bactéria adquire forma esporulada e se torna leve, densa e extremamente resistente, podendo ser carreada pelo vento por longas distâncias. No homem, a transmissão pode ocorrer pela ingestão de leite cru (não pasteurizado), picada de carrapatos e outros artrópodes infectados e principalmente pela inalação de aerossóis. Os sintomas no homem, durante a fase aguda da doença são: febre alta por 1 a 2 semanas, dores de cabeça, de estômago e dor muscular. Nas fases crônicas, dependendo da forma de transmissão e fatores individuais, pode evoluir para pneumonia ou hepatite.
O primeiro registro da febre Q foi em 1935 na Austrália e, desde então, tem sido registrada sua ocorrência em várias partes do mundo. No Brasil foi registrada pela primeira vez em humanos na década de 50 em São Paulo. Apenas os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais tem dados sobre a ocorrência da doença. Os casos tem sido diagnosticados por sorologia pareada com intervalo de 2 a 3 semanas e, através de diagnóstico molecular. Os poucos estudos soroepidemiológicos em população de risco sinalizam para a circulação de C. burnetii e, apesar da complexidade epidemiológica e da escassez de registro da doença em animais, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), informou a suspeita de circulação do agente no Brasil, a fim de que se mantenha a transparência junto a OIE.
Ainda há muito que ser esclarecido quanto a epidemiologia da febre Q, porém não devemos negligenciar sua existência. Os médicos veterinários devem estar atentos ao diagnóstico diferencial de abortamento nos animais, observando se houve casos de doença em humanos, com os sintomas já mencionados. Estratégias apropriadas de controle de carrapato e boas práticas de higiene podem diminuir a contaminação ambiental. Fluidos e as membranas fetais infectados, fetos abortados e materiais de cama contaminados devem ser incinerados ou enterrados, após desinfecção.