Adapar esclarece os motivos das medidas preventivas para o controle da ferrugem asiática 17/08/2016 - 11:20
A Adapar investe na educação sanitária para dar efetividade às medidas que objetivam o controle da principal doença da cultura da soja. Um conjunto de informações técnico-científicas atualizadas acerca das estratégias de controle da ferrugem asiática da soja como o vazio sanitário, a calendarização do cultivo da soja e a suspensão da autorização de uso de fungicidas de baixa eficiência, foram apresentados em concorridas reuniões.
Os eventos ocorreram nos municípios de São Mateus do Sul e Francisco Beltrão, respectivamente nos dias 02 e 03 de agosto, reunindo Eng° Agrônomos, técnicos agrícolas de diversas modalidades, revendedores de insumos, pesquisadores, produtores rurais e representantes de diferentes instituições afins ao tema.
Francisco Beltrão:
Em Francisco Beltrão, no dia 03 de agosto, ocorreu o evento "Ferrugem da Soja: Estratégias para um controle ameaçado", promovido pela Adapar/Unidade Regional de Sanidade Agropecuária - URS de Francisco Beltrão. O evento realizado na sede da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná - AMSOP, reuniu mais de 500 pessoas vindas de 44 municípios. Entre os participantes estavam produtores rurais na sua grande maioria.
Leia mais sobre o evento em São Mateus do Sul
O evento:
A apresentação foi iniciada pela pesquisadora da Embrapa-Soja, Doutora Claudine Dinali Santos Seixas, que ministrou uma palestra sobre a resistência da ferrugem asiática da soja aos fungicidas usados atualmente. Em seguida, houve a apresentação da palestra do Gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Marcílio Martins Araújo, abordando a legislação sobre as medidas legais para o controle da ferrugem da soja, Portarias 109/2015 e 193/2015, e dados extraídos do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (SIAGRO), sobre o consumo de fungicidas na safra normal e na safrinha da soja.
Após as palestras foi composta uma mesa redonda com os palestrantes e a moderação do Diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg.
Durante a realização da mesa redonda houve grande e intensa participação do público, com vários posicionamentos a favor e contra a calendarização do cultivo da soja, sendo que os componentes da mesa responderam a todos os questionamentos explicando com detalhes a importância das medidas legais adotadas.
O intenso debate da questão com grande participação do público serviu para que a Adapar em conjunto com a Embrapa pudesse dirimir as dúvidas restantes sobre a questão, bem como para conscientizar a todos a respeito da importância de cumprir as medidas legais em vigor. O evento contou com uma grande cobertura da mídia, com presença de três emissoras de televisão, rádios e jornal.
Por quê a Adapar está adotando estas medidas preventivas?
As medidas estão sendo tomadas em caráter preventivo pela importância socioeconômica da cultura da soja para o Paraná, eis que responde pelo maior Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária paranaense, algo em torno de 18 bilhões de reais por ano.
O campo movimentou 34% dos R$ 376 bilhões do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado do Paraná, de acordo com estimativa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Destaca-se que apenas a cultura da soja representa quase um quarto de todos os produtos exportados pelo estado (24,09%).
Como a finalidade institucional da Adapar é de estabelecer normas, padrões e procedimentos que determinam a adoção das medidas de prevenção e preservação que contribuam para a sanidade da produção agropecuária paranaense, adotou-se estas medidas preventivamente para salvaguardar a economia do estado.