Servidores da Adapar participam de palestra sobre assédio no local de trabalho 06/11/2025 - 11:30
Na manhã desta quarta-feira (5), cerca de 60 servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) participaram de uma palestra sobre assédio moral e assédio sexual no ambiente de trabalho. A ação foi realizada pela Controladoria Geral do Estado (CGE) no auditório do prédio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab) em Curitiba. A demanda surgiu a partir de estudos e levantamentos realizados por representantes do Departamento de Recursos Humanos, com participação da Divisão de Saúde Ocupacional (Diso).
Com o objetivo de combater atitudes inapropriadas e contribuir para a construção de um local de trabalho mais seguro e confortável, a atividade abordou diversos aspectos relacionados ao tema. Foram apresentadas as definições de assédio moral e assédio sexual e como identificar atitudes que configuram esse tipo de comportamento. Além disso, foram discutidos perfis de assediadores, definindo essa pessoa como alguém que manipula, desmotiva, abusa de autoridade, na maioria das vezes, demonstra arrogância exagerada.
Para o chefe do departamento de recursos humanos da Adapar, Adriano Munhoz, a organização do evento cumpre um papel importante para o controle preventivo de riscos, tanto em relação a novos servidores, como para os mais antigos. “É um risco que apareceu durante o processo de elaboração do plano de integridade da organização, que é coordenado pela CGE”, explica. “A Adapar fez entrevistas entre 2022 e 2023 com quase 500 servidores e esse risco de assédio, de alguma forma, apareceu pontualmente em algumas localidades e, a partir da identificação desse risco, começamos a propor medidas para prevenir, mitigar, eliminar a possibilidade”, pontua.
A coordenadora de Integridade e Compliance da CGE, Juliana Hoogevoonink Xavier de Oliveira, foi uma das palestrantes e destacou a importância dessas ações para o serviço público. “Essas campanhas são fundamentais para trazermos as informações e a consciência para que as condutas negativas dos servidores sejam diminuídas, para que haja um ambiente de trabalho adequado, com muita urbanidade e harmonia, para que as nossas funções possam ser desempenhadas da melhor forma possível”, afirma.
Em determinado momento, também foram discutidas as diferentes formas de assédio que pode ocorrer no âmbito profissional. Alguns exemplos dados foram o assédio realizado por uma pessoa com posição hierárquica maior do que a pessoa que sofreu aquele que é cometido por pessoas do mesmo nível no organograma de cargos.
O reconhecimento do que configura assédio ou não também foi um dos assuntos. As palestrantes explicaram quando uma atitude configura assédio e quando uma ação pode parecer, mas não é classificada como atitude abusiva. A intenção é de conscientizar o público sobre a importância de denunciar apenas quando um assédio realmente acontece, tomando cuidado para não banalizar o tema.
Para a Ouvidora-Geral do Estado, Leticia Rani Pedrozo Dohms, o esperado das ações de conscientização e combate ao assédio moral e sexual é que o servidor público se conscientize do seu local, do que ele tem que fazer e do que ele não deve fazer. “É importante que o servidor também perceba que aqui é para ser um local, um ambiente seguro, a gente precisa que todos participem, que todos estejam comprometidos com a mesma causa”, salienta. “E caso isso não ocorra, que todos entendam que isso é uma irregularidade e que irregularidades devem ser denunciadas e combatidas”, completa a servidora.
DANOS – A palestra ainda destinou um momento específico para tratar dos possíveis danos causados por atitudes inapropriadas entre colegas de trabalho. São consequências: problemas psicológicos como ansiedade, depressão e ideação suicida, danos físicos como queda de cabelo e insônia, sociais, a exemplo de afastamento de amizades e problemas em relacionamentos pessoais e profissionais, como aumento de erros, acidentes, baixa produtividade e dano direto à imagem institucional.
ORIENTAÇÕES – Houve ainda espaço para que os participantes tirassem dúvidas e compartilhassem experiências, aproximando o tema das rotinas e entendendo melhor como proceder caso sofram ou vejam alguém sofrer algum tipo de assédio. As ações recomendadas são: reunir provas, anotar detalhes, como dia, local e horário dos assédios e buscar ajuda, principalmente de profissionais competentes.
Serviço:
Contatos para denúncias
Canal da ouvidoria da Adapar - Aqui
Telefone da ouvidoria da Adapar: (41) 3313-4178
Ouvidoria da CGE: 08000411113
Whatsapp da CGE: 41 3883 4014






































