Sericicultura: Adapar atua para ampliar a fiscalização das ocorrências 22/06/2021 - 17:26

O estado do Paraná é o maior produtor nacional de casulos de bicho-da-seda, com participação de 83,9% da produção, sendo ainda referência na produção industrial do fio de seda, considerado de alta qualidade. A sericicultura é bastante trabalhosa, consistindo na plantação de amoreiras para alimentação das larvas e acompanhamento contínuo de todo desenvolvimento das larvas até a fase de casulo, quando segue para a indústria. A cultura é tipicamente familiar e concentra-se no Norte do estado.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, por meio das gerências de Saúde Animal e Sanidade Vegetal, atua na fiscalização do uso de agrotóxicos e nas causas de alta mortalidade do bicho da seda.

O maior número de ocorrências relacionadas a sericicultura, está na deriva de agrotóxicos. Os produtores da atividade penam com prejuízos, pois os agroquímicos, utilizados de forma incorreta em pulverização aérea em lavouras de grãos, contaminam as amoreiras dos pequenos agricultores, exterminando as larvas. Os fiscais da Adapar orientam que os agricultores não apliquem agroquímicos em suas lavouras sem antes consultar um profissional de agronomia, para verificar a real a necessidade do uso do produto. Quando há comprovação do mau uso de agroquímicos e prejuízos nas culturas sensíveis, o responsável recebe multa e o processo segue para o Ministério Público para demais providências.

No final de maio (24 e 25) os Fiscais de Defesa Agropecuária (FDA) da Adapar estiveram nos municípios de Arapongas e Londrina para receber atualização sobre a cadeia da sericicultura do Paraná. O evento foi uma iniciativa da Adapar em parceria com a Associação Brasileira da Seda (Abraseda). Os FDAs participaram de um dia de campo conhecendo o sistema de criação do bicho da seda em uma propriedade de sericicultura. No segundo dia conheceram o processamento dos casulos na indústria de fiação. O objetivo do treinamento foi aprimorar conhecimentos sobre a cadeia da seda no Paraná para a consolidação do cadastro dos sericicultores e também a estruturação de um protocolo de atendimento conjunto por FDAs de ambas as gerências nos casos de mortalidades decorrentes de causas diversas, dentre elas a deriva de inseticidas.