Seminário sobre Manejo e Conservação de Solos e Águas no oeste do Paraná 12/11/2014 - 15:50

A Copagril realizou no dia 07 de novembro, no auditório da Igreja de Deus, em Marechal Cândido Rondon, o Seminário sobre Manejo e Conservação do Solo e Águas. O objetivo do evento foi de conscientizar profissionais da assistência técnica e agricultores sobre o manejo adequado dos solos, condição necessária para evitar a erosão, o assoreamento e poluição de fontes, córregos e rios, e para aumentar a capacidade de infiltração de água no solo.
A programação do evento incluiu a palestra O papel da fiscalização na conservação de solos e água, com o engenheiro agrônomo Fiscal de Defesa Agropecuária da ADAPAR Ricardo Moraes Witzel, da Unidade Local de Sanidade Agropecuária (ULSA) de Toledo. O FDA expôs sobre a legislação que disciplina o uso do solo agrícola, os direitos e deveres do produtor rural e a necessidade da retomada das técnicas de manejo e conservação de solos. “Todos devem se conscientizar em realizar as práticas conservacionistas, pois assim estarão praticando uma agricultura sustentável e que proporciona rentabilidade”, ressaltou. Neste contexto, o planejamento conservacionista da propriedade, exigido pela legislação em vigor, busca garantir a implementação de um conjunto de boas práticas, evitando-se os prejuízos ao solo agrícola, perda de água e danos às estradas rurais.
Outro tema abordado foi o Terraceamento agrícola, compactação e qualidade física do solo, apresentado pelo pesquisador de solos do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Dr. Jonez Fidalski. Ele focou em orientações técnicas, espaçamentos entre terraços em plantio direto e apresentou resultados de pesquisas sobre compactação, práticas de manejo e conservação do solo e da água para o desenvolvimento de sistema de plantio direto com qualidade física do solo. “O que o produtor não pode deixar de fazer é andar na lavoura e conferir como ela está. Os dias chuvosos são os melhores para ver o que acontece com o solo”, frisou.
O problema da erosão vem se agravando nos últimos anos, principalmente pela eliminação de terraços em nível, que têm a função de conter o excesso do escorrimento das águas das chuvas, permitindo que haja infiltração no solo, ou terraços com desnível, para que as águas sejam adequadamente conduzidas para as cotas inferiores, sem causar erosão.

“Seminários como esse servem para mostrar que somente com a participação dos produtores, da assistência técnica privada, das cooperativas, dos municípios, é que a situação será revertida. São necessárias articulação e união de todos os envolvidos para que cada um cumpra seu papel e, fundamental, é preciso desmistificar a ideia que o plantio direto é solução isolada. A ADAPAR continuará cumprindo suas atribuições, mas se continuarmos “pregando no deserto”, não temos como reverter o quadro crescente de degradação. Não temos estrutura para atender a tantas denúncias, pois o abandono dos sistemas de terraceamento está generalizado”, ressaltou a Coordenadora do Programa de Fiscalização do Uso do Solo Agrícola, Caroline Marçal, da ADAPAR.

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