Resultados do Seminário “Potencialidades e Estratégias para Exportação de Carnes do Paraná” 22/10/2013 - 16:55

Em seminário realizado no dia 21 de outubro (segunda-feira) a ADAPAR mobilizou mais de 50 representantes e lideranças do setor de exportação de carnes bovina, suína e de frango do Paraná, como forma de obter elementos para elaboração de um projeto a ser apresentado ao Ministério da Agricultura na busca de políticas públicas para recuperar o mercado de exportações para a Rússia, Bielorússia e Casaquistão, que fazem parte da União Aduaneira.

O seminário foi organizado com vistas à visita a que os integrantes do Serviço de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Federação da Rússia farão ao Brasil em novembro, uma vez que o Paraná está sob embargo por parte dos países da União Aduaneira desde 2005, quando ocorreu a suspeita de febre aftosa, e também em 2011, cujo embargo teve a alegação de não conformidades na Inspeção Federal para os estados do Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

No mês passado houve movimento do governo e de representantes da iniciativa privada em ação para retomar o diálogo e negociações para compra de carne do Paraná. Estiveram na Rússia o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária (ADAPAR) Inácio Afonso Kroetz e o representante da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ronei Volpi. Na ocasião as autoridades russas apontaram restrições de ordem sanitária sobre procedimentos observados nas missões mais recentes ao Brasil, e ao mesmo tempo se disponibilizaram a visitar plantas frigoríficas do Paraná que têm interesse me exportar para aquele mercado e rever suas posições.

Participaram do seminário as lideranças das indústrias de carne e suas associações, que assistiram palestras de Norberto Anacleto Ortigara, Secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento – SEAB, Ronei Volpi pelo Sistema FAEP/SENAR, Péricles Pessoa Salazar, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) e do Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados do Estado do Paraná (SINDICARNE/PR), Domingos Martins, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (SINDIAVIPAR), Francisco Turra presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), Rui Vargas, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne de Suínos (ABIPECS), Antonio Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) e representante da Organização das Cooperativas do Paraná (OCEPAR).

O Diretor Presidente da ADAPAR, Inácio Kroetz, apresentou o cenário real da exportação de carnes, quais os mercados de interesse para as diferentes ofertas do estado, conhecer qual o grau de interesse e apresentar as potencialidades para acesso ao mercado da União Aduaneira, também explanou sobre a contribuição dos diferentes elos da cadeia de exportação de carnes para a União Aduaneira, desde os produtores, indústrias e suas associações, dos governos estadual e federal, e provocou os presentes a identificar como o Governo do Estado do Paraná poderia contribuir para o pleno acesso a esse nicho de mercado. Kroetz destacou que o Paraná tem produção e qualidade e que o mercado da Rússia é importante para as três carnes.
Péricles Salazar comentou sobre as muitas incertezas sentidas pela indústria e da expectativa de esclarecimentos por parte do Ministério da Agricultura para orientar as tomadas de decisão empresarial.

CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS - O presidente do SINDIAVIPAR, Domingos Martins, ressaltou que somente duas cooperativas do Paraná estejam aptas a exportar carne de frango para a Rússia, quando as 42 plantas que operam no Estado estão habilitadas a exportar para outros mercados.

Francisco Turra, da UBABEF, orientou sobre a necessidade dos três estados embargados realizarem esforço concentrado para recuperarem as exportações para a União Aduaneira por meio da melhor organização da parceria público-privada.

Rui Vargas, presidente da ABIPECS, ressaltou que o incremento das barreiras sanitárias relacionadas à saúde animal e resíduos químicos e relacionadas ao bem estar animal e meio ambiente.

Antonio Camardelli, presidente da ABIEC, frisou a necessidade da inversão da cadeia, ou seja, antes da produção destinada ao mercado internacional é necessário identificar-se as exigências dos importadores.

A partir de informações prestadas pelas associações de classe, a ADAPAR listará as empresas interessadas em exportar para o mercado russo para que elas se adequem o mais rápido possível, de acordo com as restrições sanitárias impostas pela União Aduaneira.

O documento resultante desse seminário e dos contatos entre esses parceiros será enviado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como contribuição do Governo do para o pleno acesso ao mercado da União Aduaneira.













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