Na conferência da OIE, governador destaca Agência de Defesa Agropecuária 04/12/2013 - 16:14

A criação da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar) foi destacada pelo governador Beto Richa na abertura da 3ª Conferência Global sobre Educação Veterinária, que está sendo realizada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Foz do Iguaçu. Richa afirmou que a criação da agência, em 2011, teve boa repercussão no Brasil e no exterior, como iniciativa em favor da qualidade do produto do Estado. “Temos investido fortemente nesta área para garantir sanidade animal e vegetal para os consumidores e para abrir o mercado internacional para os produtos do Paraná”, afirmou o governador, ao lado do ministro da Agricultura, Antônio Andrade; da presidente mundial da OIE, Karin Schwabenbauero; do diretor-geral da entidade, Bernard Vallat, e de lideranças mundiais do setor.

A conferência reúne 1.200 pessoas de 178 países membros da OIE e discute o aperfeiçoamento do ensino da Medicina Veterinária e o papel das entidades ligadas à área no esforço de melhorar a formação veterinária nesses países. O objetivo é melhorar e padronizar nos países a qualidade dos serviços prestados por médicos veterinários.

Em seu pronunciamento, Beto Richa afirmou que o tema é de grande relevância para todos, principalmente aos consumidores, que esperam qualidade do produto que adquirem. “Temos absoluta convicção da ligação entre a qualidade do ensino da Veterinária e a excelência dos serviços de sanidade animal”, afirmou o governador. Ele disse que o governo estadual investe no aumento do quadro de funcionários vinculados à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, que dão suporte ao agronegócio paranaense. O governador salientou que a Adapar está assumindo um papel vital para o controle da qualidade, com serviços como cadastro de comerciantes, diagnósticos laboratoriais, registro de marcas, inspeção sanitária, entre outros.

Para o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a criação da Adapar se constitui em passo muito forte no sentido da defesa agropecuária do Paraná. “Agências como a Adapar são independentes e prestam grandes serviços, principalmente ao consumidor, que tem a garantia da segurança e da qualidade dos alimentos”, afirmou o ministro.

ALIMENTO DE QUALIDADE – “Queremos combater a fome no mundo, exportando alimento de qualidade e que os veterinários se mostrem cada vez mais capacitados e empenhados para isso. Essa conferência é uma oportunidade de discutirmos as ações no mundo inteiro”, afirmou Antônio Andrade.

A presidente da OIE, Karin Schwabenbauero, disse que se busca, também, a garantia do comércio seguro de animais e de produtos. “Isso depende da formação veterinária e de ações governamentais”, disse. Segundo Karin, há uma necessidade urgente de implantar normas internacionais da OIE nos serviços veterinários, principalmente nos países em desenvolvimento, onde os alimentos oriundos de animais ficam aquém dos padrões de qualidade. “Importante também que a formação dos médicos veterinários seja reconhecida no mundo todo pelos mesmos quesitos”, acrescentou, referindo-se ao padrão de ensino em universidades, outra frente defendida pela organização.

O secretário da estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que o setor vê com bons olhos a padronização dos serviços veterinários. “Os novos requisitos de acesso a mercados passam necessariamente pela boa qualidade da formação. Quanto mais padronizado e profundo o ensinamento, melhor o processo de entendimento comercial”, disse ele.

BRASIL AVANÇA – O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, salientou que uma ‘linguagem universal’ da veterinária importa de maneira especial para o Brasil. O agronegócio representa 25% do PIB brasileiro e somente em exportações deve movimentar R$ 101 bilhões neste ano. O País possui, segundo ele, 212 milhões de bovinos de corte. “O número dimensiona o tamanho da nossa responsabilidade com a segurança alimentar”, disse.

O presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, Benedito Fortes de Arruda, disse que a diversidade que caracteriza o Brasil deu ao País um padrão de conhecimento avançado e capacidade para colaborar com diversos países, principalmente aqui na América do Sul. “Com um padrão legal de medicina veterinária, o Brasil pode ter a mesma participação de mercado na Europa, na Ásia e em qualquer região do mundo”, acrescentou.

ENDESA - Antes do encontro da OIE, foi realizado no mesmo local o 3º Encontro Nacional de Defesa Sanitária Animal – Endesa 2013, promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para discutir e aperfeiçoar a qualidade do serviço veterinário oficial no Brasil. O evento teve a participação de fiscais federais agropecuários e fiscais estaduais das agências de defesa agropecuárias dos demais estados brasileiros, com o foco principal o aperfeiçoamento da qualidade do serviço veterinário brasileiro.

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