INFLUENZA AVIÁRIA: ADAPAR ALERTA PARA PREVENÇÃO 24/07/2015 - 14:50

A influenza aviária já foi diagnosticada em vários países, causando grandes perdas econômicas. O recente aparecimento de focos em países da América do Norte, principalmente nos Estados Unidos, que confirmaram os primeiros casos em dezembro de 2014, deve deixar-nos em estado de alerta, haja vista as rotas de aves migratórias e o risco de difusão da doença.

O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, sendo o Paraná o maior produtor brasileiro e o maior exportador, responsável atualmente por 35% da exportação brasileira, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Segundo Inacio Kroetz, diretor presidente da Adapar, a avicultura gera em torno de 60 mil empregos diretos e 600 mil indiretos no Paraná, sendo a pecuária de maior relevância econômica do Estado. A influenza aviária nunca foi registrada no Brasil e, por ser considerada uma doença de alto impacto sanitário e comercial, seu diagnóstico implica em emergência sanitária, alerta Kroetz.

Também conhecida como "gripe aviária", é uma doença respiratória aguda das aves, altamente contagiosa, podendo acometer aves e mamíferos, inclusive seres humanos. Causada por vírus da família Orthomixoviridae, gênero Influenzavirus A, é transmitida por contato da ave infectada com aves saudáveis através de suas secreções e excreções. Sua disseminação se dá pelo ar e por meio de equipamentos, roupas, água, ração ou qualquer objeto contaminado. O diagnóstico é feito por meio de isolamento viral e métodos de identificação biomolecular. No Brasil, somente os laboratórios oficiais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Lanagro), fazem o diagnóstico.

“Considerando a importância econômica e social da avicultura, o produtor deve estar alerta na identificação dos sinais clínicos da doença e, nos casos suspeitos, imediatamente comunicar ao Serviço Veterinário Oficial”. – alerta Rafael Gonçalves Dias, Gerente de Saúde Animal da Adapar. Portanto ao identificar alta mortalidade em aves em curto espaço de tempo (por exemplo inferior a 72 horas), com presença de sinais respiratórios ou nervosos, o produtor deve isolar a(s) granja(s), evitar contato com aves suspeitas e comunicar imediatamente uma das Unidades Locais de Sanidade Agropecuária (ULSA) da Adapar.

Como identificar a doença (principais sinais):
· Alta mortalidade em curto espaço de tempo;
· Dificuldade respiratória;
· Secreção nasal e ocular com tosse e espirros;
· Depressão, apatia, incoordenação motora, andar cambaleante;
· Queda na produção de ovos, ovos desuniformes com casca deformada;
· Inchaço de cabeça, crista e barbela;
· Presença de áreas de coloração vermelho-escura ou arroxeada nas pernas, crista e barbela;
· Febre; e
· Diarréia e desidratação

Como prevenir a entrada da doença (ações de prevenção):
· Mantenha as instalações de aves protegidas por telas e com seus acessos fechados, evitando entrada de pássaros ou animais domésticos e silvestres;
· Utilize os meios de desinfecção para veículos na entrada das granjas;
· Mantenha o controle da qualidade da água utilizada para as aves (água de bebida e de nebulização);
· Faça o controle de pragas (roedores, insetos e outros), principalmente onde se armazena ração e equipamentos;
· Lave sempre as mãos antes e depois de lidar com as aves;
. Somente permita a entrada de pessoas que estejam com roupas e sapatos limpos, de preferência com revestimentos descartáveis; e
. Controle e registre a entrada de pessoas e de veículos, evitando qualquer acesso desnecessário à criação.


A comunicação à Adapar pode ser feita diretamente em qualquer das 135 ULSA, cujos endereços e telefones podem ser acessados no site da Adapar, ícone lateral “Encontre Nossas Unidades”.

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