O evento "Sustentabilidade do Oeste do Paraná", promovido em atendimento ao convênio entre Instituto paranaense de assistência técnica e extensão rural e Ministério do Desenvolvimento Agrário, contou com a participação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), por meio de palestras orientativas ministradas por fiscais e assistentes de fiscalização da Unidade Local de Sanidade Agropecuária (Ulsa) de Marechal Cândido Rondon. As reuniões ocorreram no período de 24 de maio a 16 de junho, no distrito de Iguiporã, distrito de Margarida, comunidade Bela Vista e comunidade São Cristóvão e, contaram com a participação de 321 produtores rurais.

O Fiscal de Defesa Agropecuária (FDA), médico veterinário Nilson Golveia de Freitas, abordou temas sobre saúde animal, enfatizando a sanidade do rebanho leiteiro, que é a pecuária predominante na região. Destacou a obrigatoriedade da vacinação contra brucelose e da apresentação dos exames para brucelose e tuberculose, para fornecimento de leite. Orientou ainda sobre a importância da vacinação contra febre aftosa nos meses de maio e novembro, bem como a comprovação da vacinação. Sobre raiva dos herbívoros, Freitas falou sobre a importância da comunicação a Adapar quando da ocorrência de animais sugados na propriedade, e da vacinação do rebanho, devido ao perigo potencial aos seres humanos. Abordou também questões sobre sanidade avícola e suídea e sobre a importância de comunicação imediata de sinais de doenças de notificação obrigatória nos animais de produção, para que os fiscais possam tomar as providências cabíveis.

O FDA, engenheiro agrônomo Anderson Lemiska, explanou sobre a calendarização do plantio de soja e, o vazio sanitário da soja, que será de 15 de junho a 15 de setembro, destacando o objetivo de controle da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi). Sobre agrotóxicos, Lemiska destacou a importância de adquirir produtos de comerciantes registrados na Adapar, do receituário agronômico, que orienta sobre o correto uso do agrotóxico. A prevenção da deriva de agrotóxicos, evita que o produtor tenha prejuízos econômicos, ambientais e de saúde. Abordou também sobre o uso do solo agrícola, alertando ao processo erosivo que acomete a região, com acentuada quantidade de denúncias direcionadas à Adapar.

As reuniões proporcionaram aos produtores rurais uma oportunidade de obter informações e sanar dúvidas relacionadas à sanidade agropecuária, e ainda, a quem e como recorrer quando se fizer necessário os serviços da agência. A região Oeste do Estado do Paraná, segundo o Ipardes, destaca-se pela agricultura familiar, que representa 82,2% dos estabelecimentos rurais.