A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) lançou, nesta semana, seu novo Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação (PDTI) para o triênio 2025-2027. Finalizado em abril, o documento propõe uma série de ações estratégicas para modernizar as operações da agência e ampliar sua eficiência, com impacto direto na sanidade agropecuária e na segurança alimentar no estado.

Durante a apresentação oficial, o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, classificou o PDTI como um “marco significativo” para o futuro da instituição. “Nossa missão de proteger a agropecuária e apoiar a competitividade do agronegócio paranaense depende, em grande medida, da nossa capacidade de modernização tecnológica e adaptação às novas realidades digitais”, afirmou.

O lançamento ocorre em um momento em que a Adapar busca alinhar sua estrutura tecnológica aos desafios atuais da gestão pública, com foco na modernização e no aprimoramento de seus serviços.

Para o assessor de Inovação da Adapar e responsável pela consolidação do documento técnico, Alessandro Casagrande, destacou a importância da elaboração da proposta. “A tecnologia da informação é hoje um dos ativos mais importantes para a sobrevivência das instituições. A rápida obsolescência dos equipamentos, o surgimento constante de novas tecnologias e a alta expectativa da sociedade exigem planejamento”, afirma.

O servidor salienta que a Adapar é uma das primeiras autarquias do Paraná a elaborar um PDTI. O plano foi desenvolvido por um grupo de trabalho que envolveu as áreas de Inovação, Qualidade e Projetos (IQP), Tecnologia da Informação (UTTI), Comunicação e Infraestrutura de TI. 

DIAGNÓSTICOS E PRIORIDADES — Além de apresentar soluções, o plano também faz um diagnóstico claro dos desafios enfrentados pela agência, como é o caso da defasagem tecnológica, da falta de integração entre sistemas e da ausência de governança sólida na área de TI.

Para lidar com essas questões, o PDTI estabelece um conjunto de ações priorizadas por meio da metodologia GUT, que avalia Gravidade, Urgência e Tendência. A ferramenta permite uma tomada de decisão mais objetiva, baseada em dados, e dá transparência aos investimentos. Entre as áreas que demandam atenção estão a atualização de softwares, aquisição de novos equipamentos, ampliação da infraestrutura de redes e a comunicação digital da agência.

Outra novidade é a criação de um Comitê de Governança de TI com caráter deliberativo. Composto por membros da alta administração e de áreas estratégicas, o grupo será responsável por supervisionar a execução do plano, aprovar projetos prioritários e garantir que as decisões estejam alinhadas ao Conselho de Administração da Adapar, conforme prevê o Decreto Estadual nº 5.702/2024.

Segundo Casagrande, o comitê evita decisões monocráticas sobre sistemas que podem durar décadas. "Hoje, por exemplo, temos sistemas com mais de 20 anos de uso, como o Sistema de Defesa Sanitária Animal e Expresso da Celepar”, pontua.

EXEMPLO — Com o novo PDTI, a Adapar dá um passo importante rumo à transformação digital e se posiciona como referência no setor público estadual. A expectativa é de que o plano sirva de modelo para outras instituições que enfrentam os mesmos desafios tecnológicos, e que também objetivem maior eficiência, resiliência e preparo para atender às demandas da população do Paraná em diversas pastas.