Nesta semana, representantes da Adapar participam, em Brasília, da celebração dos 30 anos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e dos 20 anos do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Como responsável pela execução dos programas nacionais de sanidade animal no Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) marca presença no evento comemorativo aos 30 anos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) e 20 anos do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), realizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) nesta terça-feira (03) e quarta-feira (04), em Brasília, com o tema de "Saúde Animal em Constante Evolução". 

Os programas foram instituídos pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa e são os principais responsáveis pela sanidade de aves e suínos no país. A execução das ações nos estados é feita pelos Serviços Veterinários Estaduais, que englobam as agências de defesa agropecuária e as secretarias estaduais de agricultura.

Representando a defesa agropecuária oficial do Paraná, o diretor-presidente Otamir Cesar Martins, a chefe da Divisão de Sanidade Avícola, Pauline Sperka, e o chefe da Divisão de Sanidade dos Suínos, João Teotônio, participam das discussões técnicas e reuniões que compõem a programação do evento.

O diretor-presidente da Adapar destacou o protagonismo do Paraná na produção nacional de frangos de corte e suínos, ocupando o primeiro e o segundo lugares, respectivamente. "Essas cadeias produtivas exigem um trabalho contínuo de fiscalização e uma forte interface entre o setor público e a cadeia organizada para assegurar a sanidade e a competitividade do Estado," afirmou Otamir.

Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal (DESA) da Adapar, reforçou que a constante atualização e os esforços conjuntos entre o setor público e privado são fundamentais para enfrentar os desafios de cadeias produtivas tão robustas.

O evento inclui palestras técnicas e discussões estratégicas, além de reforçar a importância da articulação entre os estados para o fortalecimento das cadeias produtivas e da defesa agropecuária no Brasil.

PROGRAMAS – O Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS), instituído pela Instrução Normativa Nº 47, de 18 de junho de 2004, atua na prevenção e controle de doenças de alto impacto econômico e sanitário, listadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Suas ações incluem o reconhecimento e manutenção de zonas livres e a certificação de granjas de reprodutores suídeos (GRSC), além do controle e erradicação de doenças existentes e a prevenção de doenças exóticas.

Já o Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), criado em 1994, tem como foco prevenir e controlar enfermidades que afetam a avicultura e a saúde pública. Alinhado ao Código Sanitário para Animais Terrestres da OMSA, o programa promove a certificação sanitária do plantel avícola nacional e estabelece medidas de prevenção, controle e vigilância, garantindo produtos saudáveis para o mercado interno e externo.

PARANÁ – Em 2024, o Paraná consolidou sua liderança nacional na produção de carne de frango e seu destaque no segmento de carne suína. Entre abril e junho de 2024, o Estado abateu 565,50 milhões de cabeças de frango, um crescimento de 33,24 milhões em relação ao mesmo período de 2023. Isso ampliou sua participação no mercado nacional de 34,6% para 35,1%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados dispostos pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) apontam que o Valor Bruto da Produção (VBP) do frango atingiu R$31,6 bilhões em 2023, o que representa 16% do faturamento da produção agropecuária paranaense. O Paraná tem status de livre de Influenza Aviária de alta patogenicidade e de doença de Newcastle.

No setor de carne suína, o Paraná registrou 3,19 milhões de abates no segundo trimestre deste ano, alcançando a melhor marca trimestral de sua história. O Estado respondeu por 21,9% da produção nacional, aproximando-se de Santa Catarina, que lidera com 29,1%. Além disso, em outubro, o Paraná bateu um novo recorde em exportações de carne suína, com 20,5 mil toneladas e receita de US$ 50,9 milhões.