Alusivo aos quatro anos de existência, os servidores da Adapar realizaram um jantar comemorativo no dia 31 de maio em Curitiba, que contou com a ilustre presença de autoridades estaduais que vieram prestigiar a agência. Em 20 de dezembro de 2011, o Governo do Estado do Paraná criou a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), por meio da Lei Estadual nº 17.026, vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB). A Adapar é uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, com patrimônio e receitas próprios e autonomia administrativa, técnica e financeira que efetivamente iniciou seus trabalhos com a posse de sua Diretoria em 07 de maio de 2012.

O governador Beto Richa participou da comemoração e enalteceu os grandes avanços do setor no Estado. O mais importante foi o reconhecimento internacional do Paraná como área livre de peste suína clássica, o que abre possibilidade de ampliar o mercado para os produtos do Estado. A conquista deste status sanitário representa o cumprimento de uma das metas da Adapar, criada por Richa. “É motivo de orgulho constatar a decisiva participação da equipe profissional e preparada da Adapar nessa conquista e em muitos avanços do Estado no setor agropecuário”, disse Richa. “A riqueza do Paraná vem do campo e o Estado precisa apoiar o setor.”

O governador destacou o diálogo e o trabalho em sintonia com as entidades do setor agrícola. “Quem conhece as necessidades são os produtores. Precisamos garantir condições para que eles consigam aumentar a produção e criar empregos e renda”, afirmou Richa no encontro, com a presença do secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, do diretor presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, e de lideranças do setor agropecuário.

Em 2014, foram contratados 131 profissionais para a entidade, com o objetivo de aperfeiçoar a sanidade animal e vegetal da produção paranaense, promovendo o aumento da competitividade junto ao mercado globalizado, o que resulta em mais negócios, empregos e riquezas.

DESAFIOS - A certificação do Paraná como área livre da peste suína clássica foi oficializada no dia 26, em Paris, na assembleia geral anual da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). As recomendações da OIE (órgão técnico da Organização Mundial de Comércio - OMC) são referência para os mercados internacionais sobre o comércio de produtos de origem animal. A decisão da entidade teve a chancela de seus 180 países-membros.

Há mais desafios pela frente. O secretário Norberto Ortigara afirmou que os esforços para aperfeiçoar a sanidade da produção paranaense são tratados como prioridade e que o Estado agora quer conquistar o certificado de área livre da aftosa sem vacinação. “Com a competência técnica da nossa equipe, temos avançado para mais essa conquista, fundamental para oferta de qualidade”, disse Ortigara. Ele ressaltou o trabalho do Estado na busca por novos mercados para produção paranaense. “São mercados de grande valor, mas que exigem padrões de qualidade que precisamos e vamos atingir.”

O diretor presidente da Adapar, Inácio Kroetz, destacou a autonomia administrativa e técnica da entidade e disse que o governo estadual tem garantido todo apoio necessário para fortalecer a sanidade animal e vegetal no Paraná. “O Estado é um parceiro e entende as prioridades do setor”, disse Kroetz.
Ele afirmou que a Adapar ainda está em processo de estruturação e destacou as metas e desafios do setor, como o combate à ferrugem asiática da soja e o controle da tuberculose e da brucelose bovina. “O Paraná tem que estar preparado para enfrentar essas dificuldades. Para isso, a Adapar fortalecida e bem estruturada é fundamental.”

O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, ressaltou que a Adapar deu grande contribuição para o fortalecimento do setor agropecuário. “A qualidade dos produtos é fundamental para o desenvolvimento social e econômico do Paraná e a Adapar tem um papel vital para agregar valor à produção paranaense”, disse Meneguette.

O superintendente da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Nelson Costa, disse que as cooperativas são grandes exportadoras, por isso a qualidade dos produtos agrícolas é fundamental. “A Adapar exerce um importante papel para aumentar a competitividade do produto paranaense”, avaliou Costa.

MAIS AVANÇOS - Recentemente, houve a retomada de importantes mercados, com a exportação de carnes para a Rússia e o Irã, o que praticamente consolida o Paraná como área livre de aftosa com vacinação, rumo ao status de zona livre sem a vacina. Hoje, 10% da carne produzida no Estado é exportada. Além disso, as vendas paranaenses para a China tiveram um aumento de 78% no primeiro trimestre deste ano, comparadas ao mesmo período de 2015.

IMPORTÂNCIA - Richa falou sobre a importância da participação do agronegócio para reverter a crise econômica nacional. “Anualmente o setor tem salvo a balança comercial brasileira, garantindo superávit. Se não fosse o agronegócio, o Brasil estaria em uma situação bem pior.” O valor da produção agropecuária passou de R$ 44 bilhões em 2010 para R$ 70 bilhões em 2014. Richa ressaltou outras medidas do governo estadual que contribuem para o desenvolvimento do setor agropecuário. As prefeituras foram isentadas do pagamento dos convênios com a Emater para a assistência técnica e extensão rural. O Estado assumiu sozinho o custo de R$ 24 milhões anuais. A agricultura familiar recebe forte apoio com a compra de produtos para a merenda escolar.
Participaram do encontro o secretário de Estado da Administração e Previdência, Reinhold Stephanes, e o deputado estadual Pedro Lupion.

Obs: Texto adaptado da AEN