O evento realizado entre os dias 26 e 28 de novembro, foi promovido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, no município de Corupá-SC. O treinamento contou com a participação de profissionais dos serviços de Defesa Agropecuária dos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, além de pesquisadores da Embrapa e da Epagri, bananicultores da região e Auditores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa.

O simulado teve como objetivo a execução das ações definidas no manual de procedimentos do Plano Nacional de Contingência para a praga Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça 4 Tropical (Foc R4T), de acordo com a Instrução Normativa - Mapa nº 43/2018. Os procedimentos de contingência foram definidos pela pesquisa, setor produtivo e órgãos de defesa sanitária vegetal, os quais devem ser adotados em casos suspeitos da introdução da praga no País.

Nas simulações a campo foi praticada a proposta de Procedimento Operacional Padrão apresentada pelo Mapa para a contenção da praga, contemplando atividades teóricas e práticas em epidemiologia, diagnóstico, coleta de amostras, rastreabilidade, medidas de biossegurança, e procedimentos de contenção e erradicação da praga.

O Coordenador do programa de vigilância e prevenção de pragas da fruticultura da Adapar, Paulo Marques, destaca que o estabelecimento e a disseminação do Foc R4T nas regiões produtoras de banana poderá representar grandes perdas para os produtores, com impacto socioeconômico para a cadeia brasileira da bananicultura. “O simulado foi muito importante para testar e avaliar os procedimentos técnicos de vigilância fitossanitária”, relata Marques.

O Foc R4T é um fungo, que atualmente é classificado como praga quarentenária ausente no território brasileiro, fato que mostra a importância da realização do exercício simulado em emergência fitossanitária para o mesmo. Ainda devido à recente presença confirmada na Colômbia do Foc R4T.

BOX

O Foc R4T é uma variação mais agressiva do já conhecido “Mal do Panamá” ou “Fusariose da bananeira”, e ainda não há variedades de plantas resistentes de bananeira ou produto para o manejo químico viável para uso no seu controle. Trata-se de uma das doenças mais destrutivas e temidas na cultura da banana, ataca ainda as helicônias e algumas espécies de plantas daninhas.